06/08/2014

Resenha: Fique onde está e então corra

Em meio às tragédias da Primeira Guerra Mundial, o amor é a única arma de um garoto para curar seu pai. Alfie Summerfield nunca se esqueceu de seu aniversário de cinco anos. Quase nenhum amigo dele pôde ir à festa, e os adultos pareciam preocupados — enquanto alguns tentavam se convencer de que tudo estaria resolvido antes do Natal, sua avó não parava de repetir que eles estavam todos perdidos. Alfie ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de começar. Seu pai logo se alistou para o combate, e depois de quatro longos anos Alfie já não recebia mais notícias de seu paradeiro. Até que um dia o garoto descobre uma pista indicando que talvez o pai estivesse mais perto do que ele imaginava. Determinado, Alfie mobilizará todas suas forças para trazê-lo de volta para casa. 


Fique onde está e então corra é uma obra leve, emocionante e com muito romance. Somos apresentados a Alfie Summerfield, um menino que completa cinco anos no dia em que começa a Primeira Guerra Mundial. Seus pais fazem uma festinha para ele tentando fingir ao menino que nada estava acontecendo.
— Pela melhor razão do mundo. — explicou ele — Por amor.
Tudo começa a complicar quando o pai de Alfie, Georgie, se alista para o exército. Sem o dinheiro que ele recebia, Alfie e a mãe começam a passar necessidade financeira. Avançamos um pouco e vamos para quando o garoto completa nove anos, que não comemora seu aniversário com uma festa desde os cinco anos de idade. Sem notícias do pai, ele começa a pensar o pior. O que será que aconteceu com Georgie? Alfie, enquanto tenta entender o desaparecimento do pai, passa a faltar todos os dias na escola (exceto nas segundas e quartas, que é quando tem aula de leitura e história) para trabalhar na estação de trem mais próxima da sua casa como engraxate para ajudar a mãe, Margie, que estava trabalhando como enfermeira quase integralmente.
É um livro que mescla as lembranças de Alfie à sua realidade. É incrível como Boyne consegue fazer isso sem nos deixar confusos e cansados.
— Nomes e números, para mim era só isso; apenas nomes e números. Mas que bom que você se interessa por história. Ah, meu nome é Wilf. — ele disse
— Alfie — respondeu o menino, pensando que as coisas nunca mudavam; mais de quatrocentos anos depois, tudo era nomes e números outra vez.
As personagens foram bem exploradas. Eu me 'apeguei' muito à eles e gostei do final que todos tiveram. Aliás, o final do livro é um dos melhores. Fiquei triste ao chegar às últimas linhas e ter que me despedir de Alfie, Georgie, Margie, e tantos outros...
A capa é muito linda; o título, inicialmente, pode parecer um pouco confuso, mas ele é explicado no decorrer do livro. A diagramação é ótima e não notei erros de grafia. A Editora Seguinte está de parabéns.
O livro merece, com toda a certeza, cinco estrelas.

5 comentários:

  1. Oi, Camila!

    Nossa, esse livro parece ser bem triste! Gosto bastante de ler histórias que se passam no cenário das guerras, acho bem interessante. Como quero ler algo do Boyne o mais cedo possível, devo adquirir esse título em breve.

    Beijão,

    Natalia Leal
    Páginas Encantadas
    http://www.paginas-encantadas.blogspot.com

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  2. Uau, esse livro parece muito bom e interessante, gostei bastante. Ótima resenha!
    Um grande beijo!!!

    www.r-nuvens.blogspot.com

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  3. Adorei a resenha. Estou querendo ler esse livro desde que lançou.
    Parece realmente surpreendente e emocionante. Adoro histórias em cenários de guerra. É impossível não se emocionar.

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  4. Hey!

    Tenho uma quedinha (ok, um tombo) por livros que se passem na época das grandes guerras. Então no momento que vi esse livro na lista de lançamentos da editora já o marquei como desejado lá no skoob e não vejo a hora de ler. O título é meio confuso mesmo, mas imaginei que fosse entender no decorrer da história. Capa linda <3

    Beijos
    http://escolhasliterarias.blogspot.com.br/

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  5. Tô querendo muito ler esse livro.
    Gosto de livros que mescal com histórias reais e por mais triste que tenha sido a segunda guerra, ler sobre ela desperta minha curiosidade. Então conhecer a história de alguém dentro desse contexto, parece ser uma boa pedida.
    Adorei a resenha e espero poder ler logo o Boyne. :D
    Beijos

    Danni
    Garotas e Livros

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- Gentileza gera gentileza
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